Ingrata arrebata um ser indefeso.
Toma-lhe de dores e incertezas de quantas horas terá de vida.
Contam-se as horas à espera de um milagre dos Céus.
Mas é fera e fugaz. Sem saber ao certo
ela vem e corrompe os sentidos.
Traz a solidão e o desespero aos ente queridos.
Não pergunta, não quer saber dos sentimentos...
E todos estão à volta de um corpo.
Sem vida,
sem esperanças,
sem sonhos,
sem nada.
A dor enfraquece os próximos...
A dor da perda,
A dor da morte.
E aqueles olhos límpidos como o mar
Lançam-se em direção ao horizonte,
como que questionando o porquê de
terem sido abandonados,
à procura de respostas,
lágrimas caem sem parar
sangrando o brilho de olhos profundos
puros, cansados...
Por que Deus? Por quê?